terça-feira, 14 de julho de 2009

 

Relatório do TP 1 Sessão Coletiva 1 "Matemática na alimentação e nos impostos".

No dia vinte e três de maio de dois mil e nove às sete e trinta horas nos reunimos na sala dos professores da escola estadual Oswaldo Piana para mais uma sessão coletiva do Gestar II.
Conforme combinado no encontro anterior, as atividades iniciais foram desenvolvidas juntamente com formadores e cursistas de Matemática e Língua Portuguesa.
Iniciamos com boas vindas, leitura da mensagem: A galinha e a águia. Aconteceram muitas interpretações da metáfora ocasionando risos e descontração, porém conseguimos direcionar para nossa vida profissional e social.
Recordamos a eles a necessidade da lista nominal da turma cadastrada para o desenvolvimento das atividades do Gestar II em cada área.
Foi pauta a construção do projeto a ser implementado em sala, o qual o cursista deverá desenvolver para a finalização do programa.
Observamos a ansiedade dos cursistas em dar prosseguimento a esta Formação Continuada, onde eles relevam sua importância, mas reclamam do tempo hábil para o estudo do TP, a confecção, realização e aplicação das atividades propostas, bem como a apresentação dos resultados nos encontros. Somente dez horas de planejamento e reforço é muito pouco; a sugestão é que diminuam quatro aulas para estudo, pesquisas, planejamento e elaboração de relatórios, etc. Ouvimos suas insatisfações e nos comprometemos em repassá-las aos nossos superiores para uma possível solução.
Lanchamos e partimos para o segundo momento, cada formador com seus cursistas, por área em salas diferentes.
Já acomodados em outro ambiente a professora Lara leu seu relatório e descreveu sua transposição didática. Os alunos debateram, entraram em conflito, mas conseguiram solucionar o problema proposto. Ainda relatou a sua mudança de estratégia, sempre explicava para depois lançar a atividade, a qual não tinha resultado positivo, agora com o Gestar II apresenta o problema e deixa os alunos encontrarem a solução. É claro que está ali mediando, fazendo algumas interferências. Ficou surpresa com o desempenho e a eficácia da aprendizagem quando eles fazem as descobertas.
O professor Odair fez sua transposição didática e nos contou que a turma fica bem animada em busca das soluções, mesmo o professor constatando dificuldades por parte dos alunos na interpretação dos problemas, quando fizeram o relatório omitiram essas dificuldades; o professor não conseguiu entender. Mas afirma que as atividades fizeram os alunos pensarem e interagirem, até solucioná-los.
O professor Odair aplica as atividades do Gestar II na Escola Rui Barbosa de Oliveira e até então, ele era apenas mais um professor de Matemática. Hoje ele é visto como “o professor de matemática do Gestar”.
Fizemos uma breve revisão da unidade 1, destacando as atividades da seção 1 e a transposição didática pensando em facilitar o trabalho dos cursistas com os alunos. Os professores estimaram o que comem em g e então puderam calcular a porcentagem que cada um come por dia. Todos se envolveram na atividade e se divertiram ao comparar o que comem os animais. Então pedi para eles imaginarem essa atividade sendo aplicada com os alunos. Quais são os conteúdos envolvidos? Será que os alunos se interessariam?
Na Sessão coletiva todos participaram, calcularam o IMC. Descobrimos que o grupo está em forma, simulamos alguns pesos para ver como procederíamos se o grupo não estivesse em forma. Quanto cada um deveria ganhar ou perder para atingir o peso ideal. Como temos poucos integrantes no grupo vamos resolvendo, socializando e sanando dúvidas.
A maior dificuldade dos professores desenvolverem as atividades é o tempo, pois como já explicamos, a maioria tem 60 h. e de 15 em 15 dias aos sábados realizamos o Gestar II.
A parte B da sessão coletiva, expliquei e pedi para que aplicassem em sala de aula. Planejamos, preparamos o material a ser usado com os alunos com o auxílio do computados e de TP1.
Nesse momento também falei sobre a transposição didática frisando sua flexibilidade na metodologia. Surgiram algumas idéias como pesar três pratos de comida com diferentes quantidades e pedir para o aluno qual prato ele escolheria e então fazer os cálculos. Trabalhar com gráficos e sugerir ao professor de Artes e Geografia que trabalhe escala para melhor compreensão do registro em gráficos. A preocupação é: será que meus alunos conseguem realizar esse tipo de atividade? E eu respondo que dependerá da intervenção e da dedicação do professor. Nossos alunos são capazes de nos surpreender.
Continuando nossa sessão coletiva salientei a importância do Socializando o seu conhecimento e experiências de sala de aula.
Por falta de tempo os professores não conseguiram analisar minuciosamente as informações do quadro, então foram necessárias algumas intervenções minhas ( formadora) para a resolução.
Finalizamos nossas atividades desse dia com uma lembrancinha e a certeza de que o Gestar II realmente veio para fazer a diferença.
“A paciência é amarga, mas os frutos são doce” Augusto Cury.




A Águia e a Galinha

Era uma vez um camponês que foi a floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Coloco-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista: - Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia. - De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu criei como galinha. Ela não é mas uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão. - Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar ás alturas. - Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia. Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: - já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou: - Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha! - Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã. No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe: - Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe! Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas. O camponês sorriu e voltou à carga: - Eu lhe havia dito, ela virou galinha! - Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma ultima vez. Amanhã a farei voar. No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: - Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe! A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergue-se, soberana, sobre se mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...
E Aggrey terminou conclamando:
- Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos . Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.
(Autor: Leonardo Boff)

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